quinta-feira, 11 de abril de 2013

Cenário Brasileiro dos Resíduos Sólidos e da Coleta Seletiva

   A concentração da população em áreas urbanas está crescendo: de 10 pessoas, 8 vivem em cidades. Cerca de 50% dos municípios ainda destinam o lixo em depósitos a céu aberto e aterros controlados.
   Ainda, o maior problema em cidades densamente urbanas, é a falta de locais para colocar os resíduos adequadamente. Isto acontece pela existência de áreas ambientalmente protegidas e aos impactos da vizinhança das áreas de disposição. A grande diminuição de lixões entre os anos de 1992 e 2000 deve-se pelo gato das 13 maiores cidades do Brasil (com a população acima de 1 milhão), coletarem 32% de todo o lixo urbano do país e terem locais de boa situação para a sua disposição.
   A coleta de materiais inorgânicos está cada vez mais privativa. Em 2000, 45 empresas estavam filiadas a Abrelpe e eram responsáveis pela coleta de 70% dos resíduos sólidos do país, trabalhando principalmente nas grandes e médias cidades. Considerando com o total de resíduos sólidos gerados por dia, os 18 aterros privados já correspondem a 14% da destinação final dos resíduos sólidos urbanos.
   Em relação a outros tipos de resíduos a situação é ruim: apenas 28% do lixo hospitalar e 22% das indústrias são tratados adequadamente. Os resíduos nas construções civis também são pouco reaproveitados. Estes constituem a mais de 50% da massa de resíduos urbanos nas grandes e médias cidades. A composição de resíduos sólidos urbanos é: trapos, couro, panos, borrachas, pilhas, baterias, disquetes, CDs e muitos outros produtos descartáveis.
   A produção de Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos (REEE) apresenta tendência de crescimento mundial. Estes equipamentos possuem substâncias perigosas quando não são tratados adequadamente após o seu uso, e também sem o reaproveitamento deles significa um desperdício de recursos naturais não renováveis.
   No Brasil não existem sistemas de coleta adequados para coleta ou tratamento e a maioria do lixo são jogados em lixões ou aterros. Mais de 50% do material orgânico é coletado e colocado em aterros sanitários no Brasil e só 1,5% é aproveitado para transformar em adubo por meio da compostagem. Em alguns municípios brasileiros existem sistemas de coleta especiais de alimento, que ficam em feiras ou centrais de abastecimento, e que são processados para a produção de ração de animais ou para ir a compostagem. 
   O problema dos resíduos sólidos tem muitas complicações e dificuldades a serem enfrentadas que quase ninguém está fazendo ou tentando fazer. Mais de 50% dos municípios do Brasil não cobram pelos serviços públicos de limpeza urbana e quando cobram, os valores são insuficientes para a cobertura de despesas com a prestação de serviços.
   As propostas são poucas e muitos interrompidas por isso dificulta o avanço qualitativo. Os municípios não tem muita vontade de tornar as coisas melhores.
   Apesar do aumento de investimento sobre os resíduos sólidos eles continuam muito inferiores a o que precisa. Já criaram algumas leis para melhorar por isso o avanço continua.

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