quarta-feira, 3 de abril de 2013

Bicho-Preguiça em risco de extinção


  • NOME CIENTÍFICO: Bradypus torquatus.
  • NOME POPULAR: Preguiça-de-coleira, Preguiça, Bicho-preguiça.
  • FILO: Chordata.
  • CLASSE: Mammalia.
  • ORDEM: Pilosa.
  • FAMÍLIA: Bradypodidae.
   A Preguiça é uma espécie da Mata Atlântica brasileira. Ela tem pelagem espessa de cor castanho-claro por todo o corpo, e uma coleira de pelos longos e pretos ao redor do pescoço. Nos indivíduos adultos (acima de 4 anos), a coleira preta é e mais negra nos machos do que nas fêmeas, e como as demais espécies de preguiças, ela possui baixo metabolismo.
   Esta espécie é a maior e mais pesada das preguiças do gênero, podendo chegar a 10 kg, só que as fêmeas são mais pesadas que os machos. Os indivíduos vivem solitariamente em áreas de vida que raramente excedem a 10 hectares.
   As fêmeas produzem um filhote por ano, alcançando a independência aos 8 a 10 meses, quando abandona a mãe para ir à outro lugar na floresta. É justamente nessa fase que os indivíduos são aparentemente mais atacados por felinos e outras predadores, pois são pequenos e inexperientes.
   Este animal mais se localiza no sul do Sergipe, centro-norte do Rio de Janeiro, Bahia, região serrana litorânea do Espírito Santo (apenas ao sul do rio Doce) e extremo nordeste de Minas Gerais.
   PRINCIPAIS AMEAÇAS:
  • Perda.
  • Descaracterização de habitats.
  • Fragmentação de habitats.
  • Aumento da incidência de incendios em unidades de Conservação.
  • Aumento da malha viária e do fluzo de tráfego.
  • Caça.
   A Mata Atlântica foi drasticamente reduzida e está perturbada. Mesmo que a espécie possa viver em matas secundárias, o isolamento de pequenas populações pode acarretar drástica redução do fluxo gênico, uma vez que a espécie tem movimentos lentos e mostra grande dificuldade em se deslocar por paisagens desflorestadas.
   Em alguns lugares, principalmente no sul da Bahia, o animal pode ser apanhado para se vender ou até consumir!
ESTRATÉGIAS DE CONSERVAÇÃO:

  • Impedir a exploração seletiva de madeiras, pois as preguiças só podem existir onde existem matas.
  • Promover o aumento da conexão entre fragmentos, visando a restauração do fluxo gênico.
  • Translocação de indivíduos, para impedir o declínio da diversidade genética (mas essa estratégia deverá obedecer a critérios cientificamente embasados).


Fonte: Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção, Ministério do Meio Ambiente, Ministério da Educação, p. 704-706.

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