As mudanças climáticas são um fenômeno comprovado pela ciência. Embora seja difícil prever o impacto das emissões de gases com efeito estufa ou quando catástrofes acontecerão, hoje sabemos o suficiente para reconhecer que os riscos que enfrentamos são grandes e perigosos, pois, como todos sabem, as mudanças climáticas afetam principalmente as comunidades mais pobres e vulneráveis do mundo.
Mas não é porque não sabemos exatamente quando tragédias vão acontecer que podemos cruzar os braços. O perigo existe. Sabemos que o dano que causam as emissões de gases de efeito estufa é irreversível em longo prazo e que a situação piora a cada dia.
Em longo prazo, as mudanças climáticas constituem uma ameaça a todos os habitantes do planeta, e em alguns lugares está minando os esforços da comunidade internacional para reduzir a extrema pobreza. Os conflitos violentos, a insuficiência de recursos, a falta de coordenação e as políticas ineficazes continuam desacelerando o progresso, principalmente na África.
Em nosso continente a situação não é diferente. O Banco Mundial prevê que a América Latina sofra conseqüências "devastadoras" no meio ambiente e na economia, algumas das quais já começam a nos afetar. As geleiras andinas estão retrocedendo e podem desaparecer por completo nos próximos dez ou vinte anos, e a diminuição dos arrecifes de coral está devastando a economia das ilhas do Caribe. Se a temperatura média do planeta aumentar entre dois e três graus Celsius, a Floresta Amazônica pode diminuir entre 20 e 80%. Prevê-se um aumento das doenças, processo que foi verificado na Colômbia com a malária.
Ante estas perspectivas, os países da região já estão tomando medidas para deter o aquecimento global e mitigar seus efeitos, como a dessalinização por meio de energia eólica, o fortalecimento da infra-estrutura costeira, a recuperação de arrecifes de coral e o desenvolvimento de novos combustíveis, como o etanol no Brasil.
Respondendo a este desafio, as Nações Unidas têm criado projetos para ajudar governos e sociedade civil a lidar com as mudanças climáticas e a criar maneiras de aplacar os efeitos do aquecimento global. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) é a agência da ONU responsável por catalisar a ação internacional e nacional para a proteção do meio ambiente no contexto do desenvolvimento sustentável. Seu mandato é prover liderança e encorajar parcerias no cuidado ao meio ambiente, inspirando, informando e capacitando nações e povos a aumentar sua qualidade de vida sem comprometer a das futuras gerações.
O PNUMA trabalha com uma ampla gama de parceiros, incluindo entidades das Nações Unidas, organizações internacionais e sub-regionais, governos nacionais, estaduais e municipais, organizações não-governamentais, setor privado e acadêmico, e desenvolve atividades específicas com segmentos-chave da sociedade como parlamentares, juizes, jovens e crianças, entre outros.
Fonte: http://unic.un.org/imucms/rio-de-janeiro/64/39/a-onu-e-o-meio-ambiente.aspx
Nenhum comentário:
Postar um comentário