domingo, 10 de fevereiro de 2013

Esforço mundial para salvar tigres



Restam 3.500 tigres soltos na natureza, a maioria em áreas fragmentadas













Restam 3.500 tigres soltos na natureza. (Foto: Martin Harvey/Reuters)

 Alerta no ambiente científico. A população de tigres da Ásia pode estar perto da extinção, restando apenas 3.500 soltos na natureza. A maioria deles está agrupada em áreas fragmentadas, que compõem menos de 7% de seu hábitat asiático original.
Um estudo publicado na edição de setembro da revista online PLoS Biology é taxativo: atualmente, é crucial salvar os tigres que vivem em 42 pontos detectados na Ásia. A espécie está ameaçada por caçadores e madeireiros ilegais e pelo comércio criminoso de animais silvestres.
O custo para evitar essa tragédia ambiental seria de aproximadamente R$ 70 milhões. O dinheiro serviria para financiar monitoramento e policiamento, afirmam os autores do estudo, da Sociedade de Conservação da Vida Selvagem, dos Estados Unidos.
Parte da queda na população desses animais é resultado da procura por partes de seu corpo para uso na medicina oriental. As outras razões são a caça excessiva das espécies das quais eles se alimentam (veados e antílopes), além da destruição de suas áreas de caça.
Os autores do estudo identificaram 42 “sítios fonte” de tigres. A Índia tem atualmente 18 desses sítios, a ilha indonésia de Sumatra tem 8, e o extremo oriente russo, 6. Há ainda outros 10 na Malásia, Tailândia, Laos, Bangladesh e China. Entre as espécies mais ameaçadas estão as que vivem na China, Sumatra e Sibéria. “Apenas cinco deles, todos na Índia, conservam populações de tigres que se aproximam de 80% do que podem suportar. Essa é uma porcentagem preocupante”, diz a PLoS Biology.
Segundo a instituição americana, a recuperação das populações apenas nos sítios fonte resultaria em um aumento de 70% na população mundial de tigres.O estudo foi divulgado antes da conferência da ONU que acontecerá no Japão, em outubro, na qual se prevê que os países participantes definam novas metas para tentar frear o declínio das espécies vegetais e animais.
Estudiosos e ambientalistas calcularam o custo anual de administração dos sítios em R$ 160 milhões, valor que inclui policiamento, monitoramento da fauna e envolvimento das comunidades, entre outros fatores.
Fonte: http://blogs.estadao.com.br/jt-radar/esforco-mundial-para-salvar-tigres/

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