terça-feira, 11 de janeiro de 2022

Desenvolvimento econômico e meio ambiente

     Desde o século 16, o capitalismo influencia o modo de pensar e de viver das sociedades, como já dizia o pensador Karl Marx. A partir do século 20, o termo desenvolvimento sustentável foi criado, tornando-se, desde então, auge de discussões no mundo de maneira geral, e no Brasil especificamente. A exemplo dos eventos Rio 92 e Rio +20, a cultura de buscar sempre maior capital em detrimento da degradação do meio ambiente tem sido alvo de grandes debates. Portanto, para que se atinja um consenso visando à preocupação ambiental, deve-se encontrar um equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a defesa do meio ambiente na realidade brasileira. 

    Na Constituição Federal, o artigo 170 trata da ordem econômica com a finalidade de assegurar dignidade a todos observando a defesa do meio ambiente. Além disso, o artigo 225 define que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, com saúde e qualidade de vida para a população. Contudo, mesmo com esses direitos, as legislações não são efetivadas por parte dos órgãos públicos e das empresas, e o comportamento da sociedade não reflete um comprometimento e sensibilização necessárias para harmonia dos ecossistemas. Ao invés disso, buscam um lucro temporário. 

 

    Ademais, o desenvolvimento econômico deve estar atrelado a sustentabilidade do meio ambiente. Segundo o professor da USP Luciano Nakabashi, o crescimento econômico deve servir para garantir a qualidade de vida, aumentando acesso à saúde, à educação e transporte. Nesse sentido, a preocupação com o meio ambiente e seu equilíbrio urge na sociedade, de modo a efetivar os direitos da população atual e às gerações futuras. 

    Com isso, para que a realidade brasileira seja mudada, o governo e a mídia, respectivamente, devem fiscalizar as leis e enfatizar a conscientização ambiental, aumentando multas voltadas para crimes ambientais e criando propagandas educativas sobre a temática, para que haja desenvolvimento econômico sem degradação do meio ambiente.

Fontes: Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm

Desenvolvimento econômico deve estar atrelado à preservação ambiental. Jornal da USP. Publicado em 23/09/20. Disponível em: https://jornal.usp.br/radio-usp/desenvolvimento-economico-deve-estar-atrelado-a-preservacao-ambiental/

A busca pelo equilíbrio entre meio ambiente e desenvolvimento econômico sustentável. Portal PUC Campinas. Disponível em: https://www.puc-campinas.edu.br/a-busca-pelo-equilibrio-entre-meio-ambiente-e-desenvolvimento-economico-sustentavel/

terça-feira, 4 de janeiro de 2022

Mercadoria: Necessidade ou fetiche?

    O consumo desenfreado e sem consciência leva à degradação da vida no planeta. Ele aumentou de tal maneira na sociedade contemporânea que a ideia de sustentabilidade da vida é tratada de forma banal e muitas vezes esquecida nas mentes humanas. Além disso, a população compra produtos sem pensar e refletir em reais utilidades, fazendo alguns indivíduos questionarem: as mercadorias são necessários ou são só fetiche?
    O consumismo é uma cultura extremamente danosa à vida. Segundo o Banco Mundial (2016), seriam necessários 3 planetas Terra para suportar os recursos necessários ao padrão de vida humano atual, ou seja, a Terra em que vivemos não tem mais capacidade para renovar seus recursos naturais. Enquanto a situação do meio ambiente vai piorando, a negligência da sociedade persiste, e os governantes ainda não colocam esta pauta como urgência. Nesse sentido, se as mercadorias não são mais necessidade, mas para fetiche, a humanidade prossegue produzindo para sua própria destruição.

    Ademais, no livro O Capital, Karl Marx expõe que é colocado em todo produto um valor simbólico chamado "fetiche da mercadoria". Nessa concepção, a sociedade e as empresas impõem um valor simbólico sobre o produto de forma a estimular a um consumo exacerbado e inconsciente: fetichizam a mercadoria.

    Por conseguinte, conclui-se que o consumismo e a alienação são pontos agravantes da contemporaneidade e que devem ser combatidos, visto que não trazem benefícios para nenhuma forma de vida. Diante disso, as instâncias governamentais juntamente com a sociedade civil devem agir fiscalizando as leis e comportamentos que diminuam a cultura de consumismo. Além disso, seria crucial a criação de projetos para reforçar e inovar o conceito de sustentabilidade, conscientizando as pessoas por meio do conhecimento do tema e aprofundamento em debates e palestras. Finalmente, que o desejo nos versos de Manuel Bandeira ressoem no mundo: "- Quero a delícia de poder sentir as coisas mais simples."

Fonte: Serão necessários 3 planetas para manter vida na humanidade. Terra. Disponível em: 
<https://www.terra.com.br/noticias/ciencia/serao-necessarios-3-planetas-para-manter-atual-estilo-de-vida-da-humanidade,4311114a743df400038c7ee32a09ca57gj0upvic.html> Publicado em: 19 ago 2016. Acesso: 2 jan 2022.