Questão ecológica é tema do enredo da Império de Casa Verde. Unidos da Tijuca reaproveita o lixo na construção de carros alegóricos.
Esse tipo de preocupação também está nas escolas do Rio de Janeiro, conhecido pelos desfiles surpreendentes. O bicampeão do grupo especial, Paulo Barros, também inova nos bastidores da Unidos da Tijuca. Foi ele quem determinou o reaproveitamento de todos os materiais no barracão. “Eu já fiz carnaval com garrafa PET, latinha de cerveja, bambu, pano velho e resto de tecido. Se você pegar esse material e reciclar, o sabor é muito maior. Você tem o prazer de utilizar um material que, a princípio, aparentemente não servia para nada. Ver isso se transformar em arte é muito gratificante”, conta Barros.
O almoxarifado definitivamente não é o lugar mais bonito de uma escola de samba, mas na Unidos da Tijuca é o ponto de partida de alguns carnavais memoráveis. 25% de tudo o que se vê na avenida são feitos de materiais reutilizados de carnavais passados, como plumas de avestruz. O reaproveitamento de adereços, por exemplo, foi responsável por uma economia de R$ 250 mil no orçamento da escola.
Logo na primeira saída da tradicional banda de Ipanema, 148 foliões foram multados em flagrante jogando lixo no chão. E que tal um bloco certificado ambientalmente com os mesmos padrões exigidos para eventos sustentáveis no mundo inteiro? Esse é o próximo desafio do "Vagalume: o Verde", que sai há dez anos no rio. A agremiação quer ser a primeira do gênero no mundo com selo verde. O bloco já faz a coleta seletiva de lixo, usa materiais recicláveis em fantasias e adereços e compensa o carbono emitido com o plantio de árvores. Será que o Carnaval tem alguma chance de um dia ser considerado uma festa sustentável? É possível que não, mas tem gente por aí trabalhando por isso.
Fonte: http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2014/02/escolas-de-samba-tambem-estao-preocupadas-com-sustentabilidade.html (Neste mesmo link tem um vídeo falando sobre isso).
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